Eu não sei amar pela metade. Definitivamente meio amor não cabe em mim. Olho, até com certa admiração para pessoas, casais que conseguem ter uma espécie de meio amor. Sabe? Aquele amor que é contido, que é cheio de lógica, que é rodeado de condições? Aquele amor cheio de razão, onde cada um tem seu espaço. Então esse amor não me serve.
Tenho uma espécie de amor louco, uma espécie de amor doente. Que traz junto com ele uma necessidade de estar junto, um querer ficar por perto. Uma necessidade constante de falar e ouvir um: Eu te amo.
Sou deste tipo, do tipo doente por amor e meu Deus, como isso me machuca. Como isso me incomoda, não saber onde você está, não saber como você está, não poder lhe falar: Eu estou pensando em você. Me machuca demais. Mas esse sou eu e a vida está me ensinando que estou errado.
Cada dia que passa vejo mais amores em primeira pessoa do singular, pessoas que se amam acima de tudo. Pessoas que não precisam do outro para ser feliz. Amores que precisam da sua privacidade, sabe? “Eu te amo, mas preciso da minha sexta feira a noite para curtir com a galera.” Esse tipo de amor que parece ser o que reina á minha volta. É para mim, meio amor, e definitivamente não serve para mim.
Por isso, resolvi lançar aqui um desafio. Um desafio por uma vida sem meio amor. Sabe? O desafio de amar de corpo inteiro. Propor a você, que ame pela metade, que em um dia, apenas um dia, ame por inteiro. Ame por completo. Pois é esse amor que tenho, e posso garantir, ele machuca muito, mas é lindo.
Quero, portanto, uma luta pelo amor em abundancia, amor aos quatro ventos. Quero um amor como verbo conjugado em todas as suas conjugações. Como estilo de vida. Um amor que quando me perguntem: O que você faz da vida? Eu responda: Eu amo.